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O mais belo poema sobre psicoterapia foi escrito por alguém que nem sabia o que era isso…

Em 1916, a ideia de “psicoterapia” não existia para o cidadão norte-americano comum.

Por um lado, a psicanálise de Freud estava restrita a um pequeno círculo intelectual; por outro, o comportamentalismo ainda buscava um lugar ao sol como ciência, e se focava nas questões metodológicas e teóricas, longe de se tornar uma abordagem clínica.

Nesse contexto, um poema de uma menina de 15 anos*, publicado na Little Review, manifestava uma demanda por uma figura com características muito semelhantes à do psicoterapeuta.

Gostaria que houvesse alguém
que ouvisse minha confissão:
não um padre – não quero que me digam meus pecados;
não minha mãe – não quero causar tristeza;
não uma amiga – não entenderia o bastante;
não um amante – seria parcial demais;
não Deus – Ele é tão distante;
mas alguém que fosse ao mesmo tempo o amigo,
o amante, a mãe, o padre, Deus
e ainda um estranho – não julgaria nem interferiria,
e quando tudo já tivesse sido dito desde o início até o fim,
mostraria a razão das coisas,
daria força para continuar
e para resolver tudo à minha própria maneira.

* Figueira, Sérvulo Augusto. Psicanalistas e pacientes na cultura psicanalítica. Religião e Sociedade, Rio de Janeiro: Campus, v. 12, n. 1, p. 72, 1985.


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