NOS CASAIS, É VERDADE QUE OS OPOSTOS SE ATRAEM? | RG Psicologia Blog

A frase “os opostos se atraem” faz sentido no mundo dos ímãs. O polo norte atrai o polo sul, e vice-versa. Polos iguais se repelem.

Não somos ímãs.

Nos relacionamentos humanos, são mais comuns ideias como ajuda mútua, escuta, atenção e cuidado.

Por isso, as afinidades costumam facilitar a vida de um casal: gostar de fazer as mesmas coisas, conversar sobre os mesmos assuntos, assistir aos mesmos filmes, frequentar os mesmos lugares etc. (Mais recentemente, creio que podemos adicionar o viés político à lista de questões que podem influenciar positiva ou negativamente a harmonia de uma relação a dois).

 Mas há uma questão que pode mudar tudo, e é sobre ela que gostaria de refletir.

Trata-se da AUTOESTIMA.

Autoestima é o valor ou apreço que temos em relação a nós mesmos.

Quem tem baixa autoestima é muito diferente do que gostaria de ser. Valoriza características que não possui, tem apreço por modos de ser que não consegue demonstrar.

 O que acontece, então, quando um indivíduo com baixa autoestima conhece alguém que possui exatamente as características que ele gostaria de ter?

Apaixona-se. Deseja ardorosamente estar do lado daquela pessoa que é do jeito que ele queria ser.

Se o outro lado também tiver seus motivos para se apaixonar, então teremos um relacionamento que justifica dizer que “os opostos se atraem”.

Porém, é importante perceber que a paixão se deu porque um identificou no outro características de personalidade que gostaria QUE FOSSEM SUAS.

Logo, não se trata de autêntica admiração do outro ENQUANTO OUTRO, mas vontade de ter o que o outro tem, ser como o outro é.

Num primeiro momento, a relação pode ser satisfatória ao indivíduo com autoestima precária. É a oportunidade de conviver com aquilo que admira.

Com o tempo, contudo, é possível que este indivíduo se torne controlador, pela dificuldade em admitir autonomia e liberdade àquilo que – imagina – deveria ser seu.

Além disso, a baixa autoestima costuma trazer insegurança: o indivíduo acha que não é capaz de garantir a felicidade do outro, e passa a buscar indícios na realidade para se convencer – e convencer o(a) parceiro(a) – de que está certo.

Enfim, até é verdade que, às vezes, “os opostos se atraem”. No entanto, se uma autoestima baixa estiver presente na relação, a coisa pode não terminar tão bem como acontece com os ímãs…

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