
As consequências da pandemia da Covid-19 têm sido um desafio para o bem-estar psíquico de muitas pessoas.
O isolamento social, a perda da rotina, o esfacelamento de planos futuros, a incerteza financeira, tudo parece conspirar para trazer angústia, ansiedade e desânimo.
Há quem não consiga se abrir, e acabe sofrendo sozinho.
Mas também há quem procure consolo com entes próximos, como familiares e amigos.
Nessa hora, o que fazer? Sugerir que a pessoa procure um profissional?
O QUE FUNCIONA?
Sem dúvida, esta é uma boa ideia. Em muitas situações, inclusive, é a única saída para solução do problema. Porém, limitar-se a isso certamente vai frustrar a expectativa de quem lhe procurou.
Quem está sofrendo quer apoio agora, não semana que vem.
Algumas dicas bastante simples podem guiá-lo na tarefa de oferecer uma atenção que seja sentida pelo outro como acolhedora, um “ombro amigo” enquanto não for possível consultar-se com um profissional.
Em primeiro lugar, os estudos mais recentes da área têm mostrado que o mais importante a fazer é OUVIR.
Esse “ouvir” não é apenas escutar o que o outro diz, mas colocar-se à disposição dele, de forma cuidadosa, aberta e verdadeira.
Ouça, mesmo que lhe pareça absurdo, sem sentido ou inadequado. Lembre-se que ali está se expondo uma experiência humana dolorosa, merecedora de respeito.
Não se preocupe em saber o que dizer. Essa preocupação vai apenas tirar o foco da sua atenção, e lhe levar a se perder em seus próprios pensamentos.
Seja empático. Quando alguém está sofrendo, mas percebe que sua dor pode ser compartilhada e compreendida, a sensação é de alívio.
O QUE NÃO FUNCIONA?
Sabe o que realmente não funciona?
- Julgar ou invalidar o que a pessoa sente (“não fique assim”, “não chore”)
- Comparar (“tem gente pior que você”, “sua vida é tão boa”)
- Usar frases feitas (“aqui se faz, aqui se paga”, “sacode a poeira e dá a volta por cima”)
Como regra geral, vale pensar: se fosse comigo, como eu gostaria de ser recebido nesse momento?
Finalmente, vale ressaltar: o apoio pessoal é uma forma de sustentação e alívio, mas não substitui o trabalho do profissional da Psicologia.

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Imagens: Pixabay.com