[ALERTA GATILHO: ESTUPRO / ABUSO SEXUAL – ESTE CONTEÚDO PODE SER DESACONSELHÁVEL PARA ALGUMAS PESSOAS]

Há algumas semanas, o Brasil acompanhou a história de Mariana Ferrer, que perdeu a virgindade, segundo ela, após abuso sexual / estupro cometido pelo empresário André de Camargo Aranha. Ela tinha 21 anos na ocasião.
Os dados sobre abuso sexual no país são alarmantes. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostra que, em 2019, foram registrados em média 180 estupros por dia.
O estupro costuma deixar marcas psicológicas profundas e duradouras nas vítimas.
São comuns o medo crônico e a baixa autoestima.
A vítima tem pensamentos recorrentes sobre a cena do estupro, e pode ter pesadelos sobre o tema.
Imagina frequentemente a situação e se questiona se podia ter feito algo para evitar o que sofreu. Nesse ponto, julgamentos sociais contribuem para agravar o sofrimento, em especial a sensação de culpa e a vergonha.
Estes julgamentos fazem parte do que conhecemos como “cultura do estupro”. Em outras palavras, há uma tendência de culpabilizar a vítima, supondo que ela tenha consentido com a relação ou que, de modo inconscientemente análogo, tenha desejado o estupro.
A sociedade tenta encontrar em características do crime indícios desse desejo: o local onde ocorreu (“se estivesse em casa não teria acontecido”), o modo de vestir da vítima (“vestida daquele jeito só podia estar querendo chamar a atenção”) etc.
Vítimas de estupro ainda podem desenvolver abuso de substâncias, quadros de ansiedade, depressão e outros transtornos.
Também são mais propensas a problemas sexuais e sintomas ginecológicos, como dificuldade de sentir desejo, prazer e orgasmo, dor pélvica crônica, vaginismo e dor nas relações sexuais.
Um transtorno psicológico comum entre vítimas de abuso sexual é o Transtorno do Estresse Pós-Traumático, condição com inúmeros sintomas e que envolve alto nível de ansiedade.

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