Depressão de Domingo, Tristeza de Domingo, Síndrome da Música do Fantástico…

O nome pode variar, mas a sensação é conhecida. É só lembrar que o fim de semana está acabando, e pronto: dá-lhe ansiedade.
Levantamento feito nos EUA pelo site ‘Monster’ revelou que 76% dos trabalhadores sentem muita tristeza nas noites de domingo.
É fácil compreender o motivo
Em 2017, pesquisa brasileira mostrou que 64,2% dos profissionais gostariam de trabalhar em algo diferente para serem mais felizes (Fredy Machado, no livro “É possível se reinventar e integrar a vida pessoal e profissional”).
Além disso, relatório do Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional revelou que 40% dos trabalhadores declaram que seus empregos são muito estressantes e 25% deles enxergam o trabalho como o principal fator de estresse de suas vidas.
Ora, se o trabalho estressa e não faz feliz, é natural que ele seja um fardo.
Logo, o trabalhador só sente que realmente está ‘vivendo’ quando não está trabalhando. A vida acontece aos fins de semana, feriados, dias de férias etc.
Quando esses períodos estão acabando, o sujeito sofre antecipadamente pelo trabalho que virá, ou seja, fica ansioso.

Condição merece cuidado
A ‘depressão de domingo’ é sinal de que algo não está certo. Não pode ser “normal” passar cinco dias infeliz e aliviar-se em apenas dois.
Mas, além disso, é importante compreender qual a importância da tristeza e a ansiedade no dia a dia do profissional. Quando esses sentimentos se tornam intensos e a qualidade de vida é deteriorada, é necessário procurar apoio profissional.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a depressão é a segunda principal causa mundial de afastamento profissional.
No Brasil, estima-se que 5,8% da população tenha depressão. O transtorno responde por 37,8% do total de licenças por distúrbios psíquicos. As empresas hoje gastam R$ 206 bilhões anualmente com a depressão de colaboradores.
O que fazer com a depressão de domingo?
– Faça atividades prazerosas
Entregar-se à ansiedade só piora os pensamentos ruins. Criar distrações, realizando atividades prazerosas, é muito melhor. Por exemplo, você pode reservar esse momento para seu passatempo ou hobby favorito, fazer uma sessão de cinema em família, beber drinques com amigos etc.
– Planeje uma mudança de carreira
Sentir-se mal ao pensar no trabalho pode indicar que está na hora de mudar. Analise os motivos de sua insatisfação. Sobrecarga de tarefas? Relação difícil com o chefe? Relação difícil com colega(s)? Imagine empregos ou carreiras que eliminem (ou minimizem) esses problemas que você identificou, e prepare-se para a transição.

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Psicólogo Rodrigo Giannangelo | CRP-SP 56201
