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REDES SOCIAIS: PASSO MAIS TEMPO ME PROMOVENDO DO QUE SENDO EU MESMO

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Em um mundo onde o indivíduo é sujeito a tantas pressões e exigências, é de se esperar que o autocuidado exerça um papel importante para o equilíbrio e a qualidade de vida, certo?

Bem, a resposta hoje é… depende.

É fato, por exemplo, que os níveis de ansiedade vêm crescendo, que as incertezas em relação ao futuro são grandes, e que uma extensa gama de ferramentas de autocuidado vem se oferecendo em resposta. Mas isso ocorre de tal forma que a própria corrida pelo bem-estar pode causar estresse.

Não é suficiente se sentir bem e estar saudável. É preciso buscar a “melhor versão de si mesmo”. Aspectos da vida como qualidade do sono, tempo de exercícios físicos e alimentação adquirem métricas de bom desempenho.

A pessoa precisa se provar todos os dias, para a vida e para os outros.

Cada um passa a administrar-se como o gerente de marketing de uma marca.

Com isso, a “felicidade”, além de mera aparência, vira uma competição.

Nas redes sociais, essa disputa é bastante explícita. E sabe quem vence? Ninguém.

Todos estão fadados a crer que a vida do outro é mais interessante, brilhante, bem vivida que a própria.

Sabe por que?

Porque não nos damos conta de que estamos comparando a totalidade de nossas vidas, fatalmente imperfeitas e, por vezes, tediosas, aos “melhores momentos” das vidas dos outros. Afinal, não é isso que se posta: os passeios mais legais, as comidas mais bonitas, as fotos mais bem tiradas etc.?

Os “gurus da felicidade” agradecem. Seu discurso, embora vazio, vem ao encontro dessa ânsia.

Por isso, vale sempre lembrar: adotar parâmetros externos de felicidade e bem-estar sempre cobra seu preço…

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