Palavras-chave: sentimentos negativos; emoções negativas
Por Psicólogo Rodrigo Giannangelo | Publicado em 18 de janeiro de 2023
Quando se fala em felicidade, é natural que as pessoas pensem em sentimentos. Ou seja, ser feliz é se sentir de um determinado jeito. Cada um tem sua definição desse sentir: realização, alegria, plenitude etc. Mas poucos questionam a ideia: ser feliz é sentir-se muito bem.
Existem livros, cursos, palestras, e até profissionais especializados em fazer você chegar nessa sensação chamada felicidade. Está implícito que todo mundo quer ser feliz.
E quer ser feliz o tempo todo. Afinal, por que não?

Sentimentos negativos são informações
Com isso, uma complexa gama de outras emoções é classificada como “ruim”. Se não aproxima da sonhada felicidade, qualquer sentimento pode ser visto como apenas um obstáculo. Portanto, algo a evitar, a fugir, a reprimir.
Há pelo menos dois grandes problemas nessa ideia. Primeiro, sentimentos não são evitáveis. Quando você sente medo, alegria ou raiva, por exemplo, não é a sua vontade que determina o aparecimento desses sentimentos. É a situação. Você apenas reage à maneira como aquela realidade lhe pareceu ser.
Em segundo lugar, todos os sentimentos são informações cujo objetivo é nos ajudar a viver melhor. São pistas, sinais, que nos dizem para nos aproximar ou evitar, ficar ou partir.
Não importa se o medo é um sentimento gostoso de se sentir – é ele que faz você manter distância de um cachorro bravo. A tristeza pode ser dolorosa, mas é um alerta de que aconteceu alguma coisa que pode nos machucar psicologicamente. A raiva é um sinal de que nossos limites pessoais foram desrespeitados – talvez exista algo que precisamos resolver, talvez apenas precisemos de férias.
Se nos sentíssemos plenos e realizados o tempo inteiro, provavelmente não perceberíamos coisas importantes, que precisam da nossa atenção. A frustração nos torna conscientes de nossos obstáculos e nos leva a procurar maneiras criativas de contorná-los. O tédio profissional ou pessoal nos motiva a apimentar as coisas, ou sinaliza que precisamos de algo mais desafiador. É a variedade de emoções que experimentamos – não uma específica, que abre nossos olhos e nos encoraja a crescer, aprender e mudar.
Então, o que fazer?
O que importa é o que fazemos com nossas emoções.
Aristóteles disse: “Qualquer um pode ficar com raiva – isso é fácil, mas ficar com raiva da pessoa certa e no grau certo e na hora certa e para o propósito certo, e da maneira certa – isso não está ao alcance de todos e não é fácil.”
De fato, a raiva pode ser destrutiva, mas também pode nos levar a buscar justiça e colocar limites. Também podemos deixar a raiva nos corroer ou podemos canalizá-la para nos defender.
Você pode pensar sobre as emoções que já considerou “negativas” ou ruins na vida… Emoções que você deixa de lado, ignora, tenta reprimir ou espera que desapareçam. Pode perguntar a si mesmo: que tipo de informação trazem para você? O que tentam ensinar?
Em vez de se livrar delas, você pode mudar o relacionamento com suas emoções para aceitá-las. Suas emoções podem trabalhar a seu favor.
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